28 Julho, 2014
Governo, através do Ministério da Saúde, “empurra” enfermeiros do Centro Hospitalar do Alto Ave para 3 dias de greve a 5, 6 e 7 de agosto.

 

Milhares de dias de descanso por gozar, horários sem folgas, diminuição do numero de enfermeiros por turno em alguns serviços, sobrecarga de trabalho acentuada (serviço de Cirurgia com 60 doentes internados são cuidados por 4 enfermeiros nos turnos na Tarde e da Noite), utilização dos enfermeiros dos serviços de Medicina a cerca de 150%, inexistência de um enfermeiro chefe em cada unidade prestadora de cuidados imprescindível para a gestão dos recursos materiais e humanos, existência de bolsas de horas ilegais nos horários, impossibilidade do gozo dos dois dias de folga que a Lei impõe, a não-substituição de enfermeiros decorrente de ausências prolongadas e justificadas (licenças de parentalidade, acidentes de trabalho e baixas médicas), discriminação salarial entre Contratos Individuais de Trabalho e Contratos em Funções Públicas, entre outros factores, determinaram a decisão dos enfermeiros.

 A carência de enfermeiros nesta e em todas as instituições de saúde do país decorrente da decisão do governo em não admitir está a gerar um sentimento de revolta sem precedentes.  Os enfermeiros do CHAA fazem greve na defesa dos doentes porque exigem ter condições de trabalho que lhes permita cuidar e cuidar é muito diferente de tratar.