19 Fevereiro, 2014
O SEP alerta os utentes do hospital de Santa Maria para a situação dos blocos operatórios daquela instituição, nomeadamente a carência de enfermeiros, suas condições de trabalho e direitos.

 

O SEP alerta para:

  • Falta de enfermeiros.
  • Os enfermeiros têm horários com 40 horas semanais a mais (chegando toda a equipa apresentar um saldo de mil horas positivas).
  • São obrigados a fazer turnos extraordinários sistematicamente.
  • Não lhes é permitido gozarem feriados (mais de 550 feriados em dívida).
  • Há turnos em que não existem enfermeiros necessários para assegurar o funcionamento de todas as salas operatórias.
  • Devido à falta de pessoal os enfermeiros são obrigados a ir assumir postos onde não estão integrados, comprometendo a segurança dos utentes.

A par da reorganização da rede de urgência e emergência imposta pelo governo, com base, não em critérios de saúde, mas sim numa estratégica assente em critérios economicistas, para reduzir custos, sem qualquer preocupação pelos utentes, o Ministério da Saúde concentrou algumas especialidades numa única urgência que designou por urgência metropolitana no período noturno, a funcionar no Hospital de Santa Maria e/ou no Hospital de São José, num regime de rotatividade mensal.

Mas em nenhum destes serviços foi reforçado o número de profissionais de saúde.

Este processo, feito à margem dos profissionais de saúde, dos sindicatos e dos utentes, veio sobrelotar os serviços de urgência em funcionamento. Concentrando numa só urgência os doentes com necessidades de várias especialidades cirúrgicas, aumentam os tempos de espera cirúrgicos para doentes críticos e urgentes, originando dificuldades no tempo de resposta clinicamente aceitável com manifestos prejuízos para os utentes, famílias e profissionais de saúde.

Existem utentes a aguardar 7 dias (em jejum) por um a cirurgia urgente!