14 Dezembro, 2016
O Sindicato dos Bancários rompe negociações e acaba com as convenções coletivas
O Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) que gere os SAMS Sul e Ilhas decidiu requerer em 14/11/2016, a caducidade das Convenções Coletivas vigentes, depois de inexplicavelmente há 3 anos, ter unilateralmente interrompido os seus processos negociais de revisão.

 

Apesar dos esforços e dos diversos pedidos de reunião, dirigidos desde então pelos sindicatos representativos dos trabalhadores do SBSI (Sindicato Enfermeiros Portugueses, Sindicato Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal, Sindicato Médicos da Zona Sul, Sindicato Nacional Técnicos  Superiores de Saúde, Sindicato Nacional Profissionais Farmácia e Paramédicos e Sindicato Fisioterapeutas  Portugueses), a atual Direção do SBSI, não só não agendou reuniões, como nem sequer se dignou a responder! O SMZS ainda requereu entretanto processo de Conciliação e, depois de Mediação, junto da DGERT, que terminou em outubro de 2016 sem qualquer resultado, por total ausência de vontade negocial por parte da Direção do SBSI.

Por outro lado, a Direção do SBSI tem apostado na degradação das condições de trabalho dos seus trabalhadores, através do aumento exponencial da precariedade e de outras irregularidades, que têm gerado uma elevada rotatividade, instabilidade e insatisfação, nos serviços clínicos dos SAMS, particularmente no Hospital e no Centro Clínico (CC) de Lisboa.

Depois da política de expansão, alargamento e projeção dos SAMS, protagonizada pela Comissão Executiva dos SAMS liderada até setembro de 2015 pelo atual Ministro da Saúde, assistimos hoje ao desinvestimento e definhamento dos SAMS, promovido pela actual Direção do SBSI, através de um processo de encerramento de serviços, de encerramento de consultas e, no final do corrente mês de dezembro, do já confirmado encerramento da Clínica SAMS de Setúbal!

Foram enviadas cartas informativas às Comissões de Trabalhadores dos Bancários, no ano passado e no início deste ano. Ainda no passado mês de maio, os trabalhadores dos SAMS/SBSI alertaram os beneficiários e utentes, para a degradação das condições de trabalho e dos serviços clínicos dos SAMS, através de distribuição de um folheto, à porta do Centro Clínico.

Apesar de insistentemente, nos 3 últimos anos, os sindicatos terem tentado a via do diálogo e da negociação (tão apregoada pelos responsáveis do SBSI), não obtiveram contudo qualquer sucesso!

Face às crescentes irregularidades e ao autismo da Direção do SBSI, os sindicatos enviaram em 17/10/2016, uma Exposição e pedido de Audiência, à Comissão Parlamentar do Trabalho e da Segurança Social, da qual aguardam agendamento.

Com o requerimento da caducidade das Convenções Coletivas (já contestada juridicamente pelos sindicatos), a Direção do SBSI demonstrou um perfeito desprezo pelos seus trabalhadores e assumiu a postura de sindicato-patrão prepotente e hipócrita, com duas faces, dois pesos e duas medidas!

Assim e face a este cenário, os sindicatos e os trabalhadores do SBSI/SAMS, reunidos ontem e anteontem, em 3 Plenários altamente participados, decidiram:

  • Enviar ofício à Direção do SBSI, a exigir a imediata retoma dos processos negociais e o cumprimento e manutenção de todas as Convenções Coletivas em vigor, como aliás já tinham assumido em sede de conciliação, na DGERT, em março de 2013;
  • Marcar 1 dia de Greve para a 2ª semana de janeiro, que será concretizada, caso a Direção do SBSI não retome de imediato os processos negociais e não garanta a manutenção das Convenções Coletivas em vigor, até à finalização dos mesmos.

 

Informação enviada à Comunicação Social em 14 de dezembro de 2016