9 Agosto, 2018
Serviços de Assistência Médico Social interrompe processo negocial
Representantes sindicais e técnico do Ministério do Trabalho apanhados de surpresa. Direção do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) informou que decidiu terminar com os processos de Conciliação que estavam a decorrer.

 

Lamentavelmente e mais uma vez, a Direção interrompe processos negociais sem qualquer razão ou explicação. Objetivo de acabar com os Instrumentos de Regulamentação Coletiva de Trabalho (IRCT), em vigor, é claro.

Esperamos no entanto, que reconsiderem e voltem às negociações, para finalização dos processos negociais com todos os sindicatos.

Como temos vindo a informar, decorrente das lutas desencadeadas pelos trabalhadores, designadamente, as denúncias públicas, greves e, particularmente, a greve e manifestação de 23 de abril até ao Ministério do Trabalho, a que se seguiu a reunião com o Secretário de Estado do Emprego, a Direção do SBSI foi obrigada a requerer o procedimento de Conciliação com os sindicatos, junto do referido ministério.

Por decisão do SBSI foram iniciadas reuniões naquele Ministério ainda que apenas com alguns dos sindicatos. Outros foram excluídos apesar da manifesta  disponibilidade para negociar, caso do CESP (continua a aguardar a retoma do processo) do SIFAP e do SFP.

Caso se mantenha a recusa negocial ficará clara a intenção de acabar com os IRCT, através da Caducidade destes e assim deixarem os trabalhadores sem os direitos e a proteção, neles consagrados.

No sentido de promover a união de todos os trabalhadores, estes sindicatos já contactaram o SITESE e o SINDITE que estavam em mesa de Conciliação numa tentativa de juntar esforços, na defesa dos trabalhadores e numa  perspetiva de participação em ações conjuntas.

Entendemos que todos juntos será mais fácil evitar que a Direção do SBSI atinja os seus objetivos e por outro lado, que as negociações prossigam e  sejam finalizadas. 

Salientamos, ainda, que os IRCT mantêm-se em vigor e que continuamos a exigir que sejam cumpridos pela Direção do SBSI, o que inclui obviamente, os aumentos salarias, devidos desde janeiro de 2016.

Caso o SBSI não mantenha os processos negociais, a luta vai ter que continuar.

Todos unidos, na luta pela defesa dos direitos dos trabalhadores e dos aumentos salariais.

 

Os Sindicatos envolvidos: Sindicato Enfermeiros Portugueses (SEP), dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), dos  Médicos da Zona Sul (SMZS), dos  Técnicos Superiores de Saúde (STSS), dos Profissionais Farmácia e Paramédicos (SIFAP) e Sindicato Fisioterapeutas  Portugueses (SFP).