11 Maio, 2015
Extrema carência de enfermeiros no Centro de Saúde de Monção parece não preocupar o conselho de administração da ULSAM. Só para as unidades de cuidados de saúde personalizados são necessários 25 enfermeiros e estão 11.

 

Apesar de não ser novo e dos alertas das equipas de enfermagem e do SEP, o Conselho de Administração da ULSAM continua a não admitir os enfermeiros necessários. O Centro de Saúde tem duas Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), uma Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) e um Serviço de Urgência Básica (SUB). As UCSP têm como missão prestar cuidados personalizados às famílias da sua área de referência. Essa missão está profundamente comprometida porque só para o funcionamento das Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados deveriam estar alocados 25 enfermeiros. Estão 11! Numa destas unidades apenas 3 enfermeiros estão no exercício efetivo de funções (2 estão de baixa prolongada). A estes 25 deverão ser contabilizados o numero necessário para a Unidade de Cuidados na Comunidade que só tem 3 e para o Serviço de Urgência Básica. Esta situação coloca em causa os cuidados prestados aos doentes e famílias e provoca nos enfermeiros grande frustração, ansiedade e revolta. Coloca ainda em causa os direitos dos já que aqueles 3 enfermeiros ao invés de fazerem apenas 1 tarde/semana como o horário de trabalho determina, são obrigados a fazer todas as forem necessárias para manter prestações de enfermagem. Esta carência tem impacto nas equipas das restantes unidades funcionais que têm que dar apoio aos enfermeiros daquela unidade colocando em causa os cuidados programados aos seus doentes. Entretanto, são os enfermeiros que estão na linha da frente, nomeadamente, das reclamações dos doentes quando, afinal, quem tem responsabilidade pelo caos instalado continua fechado nos gabinetes.

O SEP considera inadmissível o protelamento da Administração em admitir o número de enfermeiros necessários para toda a ULSAM apesar de todos os alertas já efectuados pelo SEP e pelos profissionais e considera mesmo que o Ministério da Saúde e os responsáveis pelas autarquias locais deverão exigir respostas ao Conselho de Administração da ULSAM.