22 Dezembro, 2020
Algarve: prémios COVID são mais uma desilusão
Prémios COVID são uma falácia e os compromissos assumidos pela ARS e CHUA continuam por cumprir.

 

Souberam ontem. De fora ficou a maioria dos profissionais de saúde do Algarve, entre eles, os enfermeiros.

A norma aprovada por unanimidade na Assembleia da República e regulamentada pelo Governo foi tão restritiva que “premiou” muito poucos.

No Centro Hospitalar Universitário do Algarve só cerca de 10% dos profissionais da saúde, das várias categorias, receberam.

Nos Centros de Saúde nem 10 enfermeiros “couberam” nos critérios definidos pela Lei.

As vozes de descontentamento dos profissionais são mais que muitas.

Como é possível que mesmo os que estiveram em áreas dedicadas à Covid-19, os que fizeram milhares de colheitas de zaragatoas em diferentes contextos da comunidade, os que estiveram em zonas de apoio à população, os que nos diferentes serviços hospitalares e da comunidade contactaram com suspeitos ou doentes Covid (algumas vezes sem se saber), os que ficaram infetados e doentes, os que de uma forma ou de outra contribuíram para combater a epidemia, também na gestão e no planeamento/assessoria, não tenham sido contemplados?

Nem é pelo valor do prémio, dizem com desalento! É pela falta de reconhecimento das incontáveis horas de dedicação até porque o prémio ficou pela metade depois dos descontos!

Mesmo alguns profissionais que estão dentro dos apertados critérios não o receberam, este mês. o pagamento. Foi uma falha… ouviram!

A falta de respeito é indescritível e já vem de trás.

Usados até ao limite quando necessários, mas esquecidos quando se exige a melhoria das condições de trabalho nomeadamente o descongelamento das progressões ainda por concretizar a 500 enfermeiros do Algarve, assim como outros problemas por resolver aos quais a ARS Algarve e o CHUA continuam sem dar resposta sendo que este ultimo nem responde aos nossos pedidos de reunião.

É necessário e urgente que se iniciem negociações para a verdadeira compensação do risco e penosidade associada à natureza das funções dos enfermeiros.

Nota à comunicação social enviada a 22 de dezembro