26 Abril, 2016
Durante os últimos 4 anos foram criticadas e colocadas em causa várias das opções da Administração Regional Saúde do Algarve/Conselho de Administração do Centro Hospitalar Algarve/ Ministério da Saúde. 
Entre elas a diminuição das respostas nos hospitais públicos da região, o reencaminhamento de doentes para outros hospitais hospitais públicos, fora da região, o reencaminhamento de doentes para hospitais privados através de protocolos, políticas de cortes e desvalorização do trabalho dos profissionais de saúde que determinaram a sua saída para o sector privado e estrangeiro e a não revalorização das carreiras profissionais.

Durante 4 anos todos os parceiros sociais criticaram aquelas políticas e o SEP assumiu, sempre, a necessidade de revalorizar o sector da saúde, incrementá-lo e aprofundá-lo até como resposta à degradação da vida das pessoas, fruto da crise económica que nos impuseram.

Durante a campanha eleitoral, todos os partidos políticos e todos os candidatos pelo círculo do Algarve assumiram de forma inequívoca a defesa do SNS exigindo medidas que permitissem garantir que o SNS continuaria a principal oferta em cuidados de saúde na região.

Passados 100 dias da governação do PS, apoiado pelo PCP, BE e PEV ainda não foi encontrada uma solução permanente para que o Serviço Nacional de Saúde no Algarve tenha recursos próprios. Ao invés, o que se constata, é a continuação dos protocolos com hospitais privados e o incremento do reencaminhamento de doentes para outras regiões do país.

No recente protocolo feito com o Grupo Hospital Particular do Algarve, que entra hoje em vigor para a área da Ortopedia, podemos ler que o mesmo é feito apenas por 30 dias, mas fica no ar a questão: Não se irá prolongar?!

O SEP considera que enquanto não forem alteradas as políticas que determinem um maior investimento na Saúde, nomeadamente uma revalorização das carreiras profissionais, número adequado de profissionais, concursos de admissão céleres e de distribuição criteriosa, entre outras soluções permanentes para a fixação de profissionais no sector público da região Algarvia, estes protocolos irão manter-se e alargar-se a outras áreas, continuando o desmantelamento do SNS.

No ano em que se comemora o 40º aniversário da Constituição, há que recordar que o que nela está previsto é a existência de um SNS prestador geral e universal e…não apenas um mero financiador que sub contrata privados para cumprir com a sua função.