21 Julho, 2017
Carta aberta ao Ministro da Saúde sobre o desinvestimento na Unidade Local de Saúde da Guarda
Com o conhecimento da administração da Unidade Local de Saúde da Guarda (ULSG), enviámos uma exposição ao Ministério da Saúde sobre a urgência de mais enfermeiros e de mais investimento na instituição. 

As Unidades de Cuidados na Comunidade de Seia e Gouveia e na Unidade de Cuidados Continuados do Hospital Nossa Senhora da Assunção, em Seia,  são os exemplos de uma realidade que contraria as prioridades do Ministério da Saúde no que diz respeito à falta de enfermeiros.

Na carta pode ler-se que se “mantém o desinvestimento nos Cuidados de Saúde Primários, agudizado desde a criação da Unidade de Saúde da Guarda (ULSG) e mais que evidente com as carências de meios e também de recursos humanos”. O que leva à seguinte questão: “para quando a figura efetiva do papel do Enfermeiro de Família?”.

Convidamos a tutela a “olhar particularmente para a realidade transversal de todas as faixas etárias que compõem o corpo dos mais de 600 enfermeiros da ULSG: o índice de envelhecimento, a dispersão territorial, a falta de uma malha de transportes públicos no mundo rural, as diversas soluções com dinheiros públicos a fazer o que deveria ser centralizado na prestação direta do Sistema Nacional de Saúde”.

Lembramos ainda que “é fundamental o reforço de capitação financeira para contratação imediata de mais enfermeiros, tendo em conta que a bolsa de recrutamento que termina em 31 de agosto de 2017” e sugerimos a possibilidade de “uma medida transitória até à elaboração do mapa de pessoal da ULSG para 2018 – a autorização do Regime de Horário Acrescido aos enfermeiros que mostrem a sua disponibilidade -, uma vez que há na ULSG a esmagadora maioria dos enfermeiros a exercerem uma carga horária semanal muito superior às 40 horas e sem a devida compensação financeira, bem diferente de outro grupo profissional”.

O distrito da Guarda “merece mais e melhor no que concerne ao bem maior que é a Saúde da sua população”.