27 Maio, 2020
Covid-19: Beira Alta – exigimos contratos definitivos para enfermeiros precários da Guarda
Para os enfermeiros da Unidade Local de Saúde da Guarda, estar na linha da frente significa também ter condições de trabalho, valorização e as compensações que essa frente, diariamente, implica.


Mas ‘estar na frente’  não pode subsistir à custa da nossa exaustão e da nossa precariedade. Estamos na frente mas cumpram as condições que nos dignificam.

Desde logo:

  • Vinculação de todos os enfermeiros precários, são dezenas na ULS Guarda, alguns dos quais com vinculo de subcontratação pela Randstad e que ganham menos 180 euros;
  • Reforço das dotações pelos serviços em virtude de poucos enfermeiros nos serviços que levam a sobrecarga de trabalho, como acontece a exemplo no SUMC em que um enfermeiro tem à sua responsabilidade mais de uma dezena de utentes e, em alguns turnos, mais de 20 utentes;
  • Cumprimento escrupuloso do regulamento de horários de trabalho, com a jornada de trabalho diário de 08 horas e não de 12 horas e com a integração da passagem de turno conforme o regulamento de horários de meia hora;
  • Apostar na Segurança e Saúde no Trabalho e igualdade de tratamento em situação de doença dos enfermeiros, independentemente o vínculo;
  • Existência de EPI em quantidade e qualidade para todos e não apenas circunscritos aos serviços COVID onde, mesmo aí, existem falhas.

 

Perante novos desafios no contexto do Serviço Nacional de Saúde são urgentes medidas políticas no seu reforço e a efetiva valorização dos enfermeiros. Neste sentido, exigimos:

  • Descongelamento das progressões, há na ULS da Guarda centenas de enfermeiros que aguardam pela progressão e o governo PS limitou as decisões do CA nesta matéria pela via da ACSS;
  • Enfermeiros Especialistas, na ULS da Guarda há cerca de duas dezenas que não integraram a categoria no momento da transição para a nova carreira;
  • Carreira de Enfermagem que com as alterações impostas criou injustiças profundas, inclusive a “descategorização” de alguns colegas, nomeadamente supervisores;
  • Contratação de enfermeiros que deveria ser ágil e com efetiva autonomia do CA da ULS da Guarda, a poder contratar para as necessidades permanentes, colocando em causa as dotações seguras e a não abertura de novos serviços como por exemplo a Hospitalização Domiciliária e a Unidade de Cuidados Intermédios de Medicina.

 

Questões/problemas relacionados com a pandemia por COVID-19

  • Enfermeiros portadores de doença crónica e imunodeprimidos
  • Enfermeiros com Doença Profissional por COVID-19
  • Horários de trabalho

Nota enviada aos media a 27 de maio de 2020