20 Fevereiro, 2018
A administração desta unidade afirmava, a 8 de janeiro de 2018, que para a abertura de camas, no âmbito da segunda fase do Plano de Contingência da Gripe, necessitava de mais 20 enfermeiros e 14 assistentes operacionais. 

(Notícia completa aqui.)


Nós dizemos que é urgente a contratação de, pelo menos, 130 enfermeiros que correspondem a funções permanentes.

A sua não contratação trará graves consequências, como sejam:

  • Vários turnos em que apenas um enfermeiro tem à sua responsabilidade entre 20 a 30 utentes e enfermeiros a acumularem postos de trabalho no serviço de urgência médico-cirúrgica;
  • Redução de camas disponíveis no serviço de medicina interna;
  • Enfermeiros especialistas que deveriam prestar cuidados de enfermagem diferenciados impossibilitados de o fazer;
  • Sobrecarga de trabalho com horários para além das 35 horas semanais para reforço pontual nas equipas e manter muitas vezes o número mínimo de enfermeiro por turno.

Um mês e meio depois da administração afirmar que precisava de 20 de enfermeiros, o Ministério da Saúde continua sem dar resposta.

Lembramos que na reunião com a Secretária de Estado, no final do mês de janeiro, foi-nos transmitido que todos os pedidos que tinham entrado em 2017, por mudança do ano civil, teriam que voltar a ser remetidas pelas instituições, num incrível desperdício de tempo e dinheiro.

Sobre as solicitações das administrações para substituições e planos de contingência, relativamente às primeiras algumas estariam a ser autorizadas. Já sobre as autorizações ao abrigo de contingência, e estando a entrar no mês de fevereiro, questionamos se o governo pretende mesmo cumprir o que anuncia aos portugueses.

Há outras matérias negociadas, como sejam a contratualização de enfermeiros para funções permanentes, a valorização económica dos enfermeiros especialistas e o início da revisão da Carreira de Enfermagem que estão por concretizar.

O protelamento do cumprimento destes compromissos não deixa antever um futuro calmo.

 

Nota enviada à Comunicação Social em 20 de fevereiro de 2018.