23 Agosto, 2018
"Qual a empresa privada que continua a funcionar regularmente com menos 31 trabalhadores"? Foi o mote para as reuniões com os autarcas que assumiram ir interceder junto do Governo.

 

Foram 31 os enfermeiros que entre janeiro e junho de 2018 saíram do centro hospitalar Cova da Beira e que não foram substituídos. A pergunta é pertinente. Fazer o mesmo com menos é impossível e produtividade não pode ser igual a exploração.

A reunião na Câmara do Fundão realizou-se com o vice-presidente Miguel Tarouca Gavinhos e a vereadora Alcina Cerdeira e na da Covilhã com o presidente Vitor Pereira e o chefe de gabinete Hélio Fazendeiro.

Todos assumiram a sua preocupação com a actual situação de diminuição dos recursos humanos no Centro Hospitalar Cova da Beira e, o consequente impacto nas prestações de cuidados de saúde.

A tentativa de implementar medidas que diminuam a interioridade da região obrigatoriamente tem que passar por uma oferta de cuidados de saúde de qualidade, geral e universal que não se compagina com o que a dificuldade em contratar profissionais de saúde.

Por estas razões, assumiram a sua disponibilidade para, em conjunto, ou não, reunir com a Administração do Cova da Beira e enviar documento para o Ministério da Saúde e Finanças.

Como nos compete, continuaremos a desenvolver todos os esforços e a procurar todos os aliados no sentido de garantir que o agora Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira faça jus a tão honrosa denominação.

Até lá fica o registo da adesão de 22 de Agosto – 81% no turno da Manhã e 91,1% no da tarde.

Ainda, e porque aos poucos enfermeiros a exercerem no hospital ainda se pretende atribuir-lhes actividades que não são da sua responsabilidade, reunimos com o Enfermeiro Diretor, à tarde onde reafirmámos que fazer colheitas de sangue e electrocardiogramas não é da competência dos enfermeiros.