11 Março, 2019
Os enfermeiros do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) voltam a reunir, no dia 12 de março, para avaliarem formas de intervenção, dado que o Conselho de Administração (CA) ultrapassou os 30 dias concedidos para responder à contraproposta, apresentada a 24 de janeiro pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), para resolver as situações problemáticas enunciadas.

 

A Administração não respondeu nem apresentou propostas de resolução e os problemas têm-se agravado!

No plenário realizado a 29 de janeiro, os enfermeiros decidiram manter a greve decretada pelo SEP para 29, 30 e 31 de janeiro, que teve elevada adesão, porque aquela Administração não se mostrou disponível para resolver os problemas expostos.

A falta de enfermeiros, de médicos e de outros profissionais tem gerado riscos que poderão vir a agravar-se, dado que o CA, desde há cerca de 1 ano, tem optado pela inércia e por “deixar andar”.

Em julho de 2018, o CA alterou unilateralmente, e sem a legal audição prévia do SEP, a organização dos horários dos enfermeiros reduzindo, por meras razões economicistas, o horário-programa no chamado período/turno da manhã.

Este período passou a terminar às 15 horas, quando antes terminava às 16h, determinando maior sobrecarga de trabalho no turno seguinte e com muito menos enfermeiros.

A crescente falta de enfermeiros tem sido agravada com saídas para outras instituições e para o estrangeiro, obrigando colegas a trabalhar praticamente sem folgas e descansos compensatórios, e pelas arbitrárias mobilizações entre serviços, de forma indiscriminada, autênticos “apaga-fogos”, com elevadíssimos riscos para o exercício profissional e para a segurança dos cuidados.

A estas situações problemáticas juntam-se outras, como o irregular processo de descongelamento de progressões, o não pagamento de suplementos remuneratórios aos enfermeiros especialistas e a exponencial dívida de folgas e descansos compensatórios cada vez mais acumulados.

Estas foram as principais razões que levaram os enfermeiros a estabelecer um prazo a esta Administração para resolução ou apresentação de soluções mas não foi cumprido.

O recente anúncio de demissão do Presidente do CA pode abrir caminho para que uma nova equipa possa vir a assumir a resolução destes e dos restantes problemas com que os enfermeiros se confrontam neste Centro Hospitalar e que no próximo dia 12 de março serão debatidos no plenário.

Nota enviada aos media a 11 de março 2019