6 Novembro, 2020
CHU Lisboa Central: a precariedade não serve os enfermeiros nem o SNS
Depois de uma enfermeira grávida, o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central despede enfermeira com doença degenerativa. Iremos realizar uma concentração a 13 de novembro, pelas 11 horas no Hospital S. José.

 

O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (CHULC) que recentemente cessou contrato de uma enfermeira que se encontra grávida volta a cessar contrato, desta vez com uma jovem enfermeira a quem foi diagnosticada uma doença degenerativa.

Tendo em conta a carência de enfermeiros que é reconhecida na instituição e tendo sido prometido um contrato efetivo em ambos os casos, só podemos concluir que se trata de atos discriminatórios e desumanos, por parte de um Conselho de Administração de um Centro Hospitalar, cujos profissionais tão bem têm dignificado o SNS.

Estes dois exemplos são ilustrativos de uma realidade laboral que viola a Constituição da República Portuguesa, que promove a precariedade e que acaba por discriminar trabalhadores, em particular jovens e mulheres.

Quando muito se fala da baixa natalidade no nosso país é preciso ir às causas e a precariedade é uma delas.

Mais uma vez, este é o reconhecimento que este Conselho de Administração, o Ministério da Saúde e o Governo dão aos “heróis” enfermeiros que estão sempre na linha da frente. Que sempre enfrentaram a pandemia por Covid-19, sempre enfrentaram condições de trabalho adversas, com exposição a agentes químicos, biológicos e físicos, ritmos elevados de trabalho e horários de trabalho desregulados.

É preciso valorizar os enfermeiros e desde logo exigimos o vínculo efetivo para os enfermeiros que exercem no Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central dada a sua necessidade permanente.