A profissão de Enfermagem encontra-se ligada, desde a sua origem, ao cuidado próximo dos pacientes por forma a garantir a continuidade da vida e do bem-estar de quem cuida, o que implica a gestão e aplicação dos cuidados de saúde adequados e rigorosos e a gestão e manutenção dos recursos necessários para a sua plena concretização.
Nesse sentido, a garantia constante das melhores condições de trabalho e satisfação profissional dos Enfermeiros está diretamente relacionada com a garantia constante dos melhores cuidados de saúde e de segurança dos doentes.
É essa importância que impulsiona a exigência das melhores condições de trabalho reivindicada ao longo do processo de profissionalização da carreira de Enfermagem e que ainda hoje se mantém como foco de luta.
Considerados como fatores primordiais para a concretização das melhores práticas, condições de trabalho e satisfação profissional e, consequentemente, manutenção de padrões de qualidade de cuidados sustentáveis, são as questões relacionados a minimização do risco e da penosidade da Enfermagem, nomeadamente o que concerne os horários de trabalho, a segurança e saúde ocupacional ou a prevenção dos riscos profissionais.
No Arquivo do CDI/SEP, encontra-se preservado um espólio documental e fotográfico que permite acompanhar o processo reivindicativo e o material justificativo para a compreensão destas questões; da coleção fazem ainda parte documentos de investigação e referência atualizados, com as melhores evidências para estas questões.
Apresenta-se uma breve amostra dos documentos existentes e que refletem sobre a problemática do risco e penosidade intrínsecos à profissão de Enfermagem, considerando as questões ligadas às condições de trabalho e à satisfação profissional, abordando, no essencial, o percurso reivindicativo e legislativo percorrido e elencando os principais fatores de risco – psicológicos e sociais; físicos, químicos e biológicos.
Enfermagem, uma profissão desde sempre de risco, penosidade e insalubridade
Autor: SEP
Data: 2005
Padrões de Qualidade dos Cuidados de Enfermagem
Autor: Ordem dos Enfermeiros
Data: 2002
Risco, penosidade e insalubridade: uma realidade na profissão de enfermagem
Autores: SEP. Coord. Dulce Gaspar Cabete
Publicação: Lisboa : Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, 2000
ISBN: 972-95420-4-X
Enfermagem, profissão de risco e penosidade
Autor: Guadalupe Simões
Publicação: Medicina & Saúde. A.02, Nº 21 (Jul. 1999)/ A.03, Nº 33 (Jul. 2000)/ A.03, Nº 34 (Ago. 2000)
Recursos e Condições de Trabalho dos Enfermeiros Portugueses: estudo sociográfico de âmbito nacional
Autores: Graça Carapinheiro, Noémia Mendes Lopes
Publicação: Lisboa: SEP, 1997
ISBN: 972-95420-1-5
Este estudo sociográfico de âmbito nacional dá a conhecer a situação do trabalho dos enfermeiros nos diferentes contextos de cuidados de saúde e possibilita uma pioneira abordagem casuística e em profundidade, indispensável para a interpretação objetiva da variabilidade dos dados que compõem as diferentes situações de trabalho dos enfermeiros em Portugal, no final do século passado, com as variáveis:
1. Recursos humanos em enfermagem;
2. Integração, mobilidade e mudança;
3. Carência de enfermeiros;
4. Organização do trabalho;
5. Recursos materiais e físicos;
6. Doenças e acidentes profissionais, Segurança e agressões, Riscos profissionais.
Burnout no Trabalho e Conjugal em Enfermeiros Portugueses
Autor: Paulo Joaquim Pina Queirós
Publicação: Coimbra: Sinais Vitais, 2005
ISBN: 972-84885-47-6
Originalmente uma Tese de Doutoramento em Desenvolvimento e Intervenção Psicológica, estuda as questões relacionadas com o impacto das condições de trabalho no bem-estar dos enfermeiros portugueses, sendo o Síndrome de Burnout caracterizado por exaustão, falta de entusiasmo e motivação generalizada, como resultado de extremo stress laboral.
Qualidade de Vida no Trabalho em Enfermagem: que conceito?
Autores: Analisa Candeias, Lisa Alves Gomes, Maria Manuela da Silva Melo
Data: 2011
Revisão de literatura no que concerne ao conceito de Qualidade de Vida no Trabalho em Enfermagem, revela que a QVT se apresenta sob a forma de grandes níveis de satisfação dos trabalhadores e pode ser orientada por quatro objetivos:
- A segurança na progressão da carreira e emprego;
- A saúde e bem-estar dos profissionais;
- Desenvolvimento das suas capacidades e competências;
- A conciliação da vida profissional com a vida pessoal.
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