4 Julho, 2014

Há 3 anos, o SEP alertou para a consequência dos “cortes” no SNS tal como afirmava o Ministro da Saúde. O SEP ia mais longe e demonstrava, que cortes “cegos” colocariam em causa a qualidade e a acessibilidade aos cuidados de saúde. São vários exemplos internacionais que demonstram isso mesmo.

Hoje, a realidade, demonstra o quanto o Ministro da Saúde estava errado quando afirmava que era possível cortar e manter a mesma qualidade e acessibilidade.

As dificuldades e constrangimentos do SNS são cada vez maiores. A carência de profissionais, em concreto, de enfermeiros agrava-se; a exigência para que seja efectuado trabalho extraordinário aumenta (ainda que não seja pago como tal); há cada vez mais equipas de unidades funcionais a serem desmembradas para fazer face às necessidades diárias de outras quaisquer unidades funcionais deixando a descoberta consultas e programas de promoção da saúde, em desenvolvimento; quem está à espera de uma consulta há um mês pode ser confrontado com a alteração dessa consulta para o mês seguinte porque os profissionais foram “tapar buracos” num outro centro de saúde; a higienização dos serviços degrada-se com a consequência possível do aumento de mortes por infecções nosocomiais; os doentes/utentes esperam e desesperam; os profissionais “multiplicam-se” para tentar dar as respostas necessárias, sem o conseguir; a exaustão aprofunda-se e, consequentemente,

aumenta o absentismo….

O quadro geral do que se passa nos serviços de qualquer hospital ou centro de saúde é responsabilidade do Ministro da Saúde/Governo.

Exige-se que o Ministro da Saúde clarifique os portugueses sobre o que pretende do SNS e, em sequência, qual é o futuro do desenho do SNS.