7 Dezembro, 2017
Nos passados dias 4 e 5 de dezembro, os trabalhadores do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa (HVCP), independentemente do seu vínculo contratual, realizaram dois dias de Greve que contou com uma forte adesão e participação, exemplo de determinação e unidade.

 

Estes trabalhadores do HCVP e da Servihospital (empresa de subcontratação criada pela administração) estiveram em Greve, nestes dias 4 e 5 de dezembro, cuja adesão rondou os 90% e 80%, respectivamente.

Os objectivos da luta prendem-se com a defesa do Acordo de Empresa (AE) e os direitos que nele constam; a integração dos trabalhadores precários da Servihospital no AE e a exigência da negociação colectiva e da valorização dos salários, face à recusa da Administração em negociar.

A falta de respostas por parte da Administração forçou os trabalhadores a voltar de novo à luta.

O forte impacto desta adesão, infelizmente também para os utentes, é da inteira responsabilidade da administração do HCVP e levou os trabalhadores, em plenário no último dia de greve, e após analisarem declarações públicas de responsáveis institucionais reafirmando disponibilidade para negociar, mandatarem os sindicatos para:

  • Solicitarem à Administração do HCVP a reabertura do processo negocial, através de negociações diretas, o mais breve quanto possível, com oficio dirigido diretamente ao Presidente do Conselho de Administração, Dr. Alípio Dias;
  • Dar conhecimento do respetivo ofício aos acionistas do HCVP, Dr. Francisco George, Presidente da associação Cruz Vermelha Portuguesa e ao Dr. Miguel Cruz, Presidente do Conselho de Administração da Parpública/Ministério das Finanças, para eventuais medidas a tomar que sejam positivas para os trabalhadores;
  • Decorrente da mediação solicitada pelos Sindicatos junto do Ministério do Trabalho, avaliar a evolução proposta, a apresentar pelo Mediador;
  • Reunir novamente os trabalhadores, em janeiro de 2018, após respostas eventualmente recolhidas por parte das entidades acima referidas, ponderando eventuais medidas a tomar e, caso sejam negativas assumir o aprofundamento da luta, já decidida neste Plenário.

Este é mais um exemplo da postura responsável e de boa-fé por parte dos trabalhadores e dos seus Sindicatos, onde sempre se privilegiou o diálogo, apesar de não ter sido, ainda, correspondido positivamente por parte da Administração do HCVP deste hospital.

Os objectivos fundamentais desta luta são os de impedir a retirada de direitos e o consequente aniquilamento do Acordo Empresa, assim como a integração neste, de todos os trabalhadores subcontratados e precários.

Os Sindicatos congratularam os trabalhadores, que com determinação e perseverança, resistiram, lutaram e mantêm a determinação de continuarem a lutar, provando uma vez mais, que com os seus Sindicatos podem e devem defender os seus direitos e condições de trabalho.

Nota envida à comunicação social a 7 de dezembro de 2017.

Os sindicatos signatários:

Sindicato da Hotelaria do Sul

Sindicato dos Enfermeiros Portugueses

Sindicato Profissionais Farmácia e Paramédicos