7 Novembro, 2018
Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa: processo negocial à espera da nova administração
A Dr.ª Marta Temido, como presidente da administração assumiu abertura para continuar as negociações, mas entretanto foi empossada como Ministra da Saúde. Aguardamos que na reunião agendada com a nova administração, possamos prosseguir com o processo negocial e chegar a acordo.

 

A saída da presidente do Conselho de Administração e o seu novo cargo poderão trazer consequências, ainda não quantificáveis, para o processo negocial em curso, pelo que esperamos pela reunião, para a necessária clarificação.

Por outro lado, não gostaríamos de ver colada à nova Ministra da Saúde, Dra. Marta Temida, a imagem de responsável por uma eventual caducidade do Acordo de Empresa do Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa ou seja, como carrasca dos direitos dos trabalhadores.

A reunião com a nova administração será determinante para o futuro das negociações. Será entretanto convocado plenário para que todos os trabalhadores possam ser informados e decidir sobre o resultado da mesma, que esperamos, seja positivo, no sentido de manutenção do processo negocial e da suspensão do pedido de Caducidade do Acordo de Empresa.

Recordamos que a 10 de outubro realizou-se uma reunião informal onde os assuntos abordados foram as matérias que poderiam dificultar um entendimento.

A administração então liderada pela Dr.ª Marta Temido apresentou propostas na área da organização do tempo de trabalho, nos complementos sociais ou sobre sistemas de progressão nas carreiras, demonstrando assim uma atitude diferente, mas positiva, comparativamente, com a anterior administração.

Da parte dos representantes dos trabalhadores, os sindicatos, solicitámos à empresa que aprofundasse as propostas agora apresentadas e acrescentámos, que queremos ver discutida e aprovada, a valorização dos salários e a renovação do período de vigência do Acordo de Empresa (AE).

Acrescentámos que na próxima reunião – que se encontra agendada para 7 de novembro, a pedido da empresa – teríamos que tomar decisões definitivas nestas matérias, por outras palavras, chegar a acordo.

Exigimos ainda que a administração suspendesse o segundo pedido de aviso de caducidade do AE, que enviaram no final de agosto deste ano.

Relembramos que os trabalhadores, por decisão do plenário, aprovaram uma ação de luta para a primeira quinzena de dezembro, caso não cheguemos a acordo. Estão ainda previstas outras ações de luta, para avaliar no início de novembro, em plenário de trabalhadores, caso a empresa não comece a assumir compromissos.