17 Maio, 2018
Perante a Saúde que é, decisivamente, um Direito Humano. Este é o lema do Conselho Internacional dos Enfermeiros (International Council of Nurses - ICN) para este ano de 2018.

 

E não poderia ser mais apropriado face ao mundo global e globalizado em que vivemos e em constantes alterações. A pobreza continua a fazer milhões de vítimas por todo o mundo, seja por falta de água, alimentos ou acesso aos mais básicos cuidados de saúde. O aumento dos episódios de catástrofes naturais, resultantes das alterações climatéricas, para além de serem responsáveis, um pouco por todo o lado, também pelo aumento do número de mortes, invariavelmente atiram milhões de pessoas para aqueles limiares de pobreza.

Em anos mais recentes, nos países ditos desenvolvidos, milhões de pessoas viram-se perante outro tipo de catástrofe: a económica. Resultante da ganância de uma muito pequena percentagem de pessoas associadas aos grupos económicos. A corrupção que grassa na maioria dos países, e desenvolvida no essencial por esses homens e mulheres gananciosos, retira capacidade económica e de decisão aos Estados soberanos, impede a distribuição pelos trabalhadores da riqueza produzida e promove o aumento das desigualdades sociais.

Nesta senda, assiste-se à tentativa de destruição das políticas sociais, nomeadamente na Europa, onde a Educação e a Saúde assumem particular importância. A ausência de Educação é promotora de pobreza e, consequentemente, promotora de populações mais doentes.

O ICN defende que os enfermeiros são a chave que garante o acesso à Saúde das populações. Afirma que, em todo o mundo existem indivíduos e comunidades que sofrem por não terem acesso a cuidados de saúde, e recorda que o Direito à Saúde também se aplica aos enfermeiros.

 

“Sabemos que melhorar a qualidade e segurança dos doentes está dependente de ambientes de trabalho positivos para os enfermeiros. Isto significa ter ambientes seguros e recursos adequados, nomeadamente, o número de enfermeiros adequados às necessidades, remuneração adequada e educação/formação contínua. Temos que garantir que, associado a estes direitos, se junta outro. O direito a sermos ouvidos e termos uma voz na tomada de decisão, na implementação das políticas e do seu desenvolvimento”, diz Annette Kennedy, Presidente do Conselho Internacional dos Enfermeiros

 

Como em todas as edições, o ICN disponibiliza uma edição que pretende ser mais uma ferramenta ao serviço dos enfermeiros para fundamentar as nossas exigências.

A edição deste ano faz uma compilação de evidências que demonstram como o investimento nos enfermeiros leva ao desenvolvimento económico e como a melhoria das condições de vida das populações leva a sociedades mais coesas e economias mais produtivas.

Uma edição a não perder e que pode encontrar em www.icn.ch ou https://2018.icnvoicetolead.com/!