9 Maio, 2013
Os Enfermeiros do Centro Hospitalar do Média Tejo concentraram-se no dia 23 de abril à porta do Hospital de Torres Novas e a 26/4 realizaram uma greve com adesão total de 70%.

 

Assédio moral

O Conselho de Administração refere não ter conhecimento de nenhuma prática deste tipo. O SEP tem conhecimento direto pelos Enfermeiros.

 

Em próximas queixas dos Enfermeiros enquadrados nesta situação, o SEP fará queixa ao Ministério Público, denunciando todas as situações.

 

Mobilidade de enfermeiros

No âmbito da reorganização hospitalar que está em curso o SEP defende que toda e qualquer mudança tem que ser feita com os profissionais. Neste contexto questionou se os enfermeiros em causa tinham sido auscultados. O Conselho de Administração respondeu que, à exceção de situações concretas, não envolveu os enfermeiros nesta decisão.

 

Quanto às ajudas de custo, o Conselho de Administração refere que não vai haver pagamento de ajudas de custo para nenhum grupo profissional. Esta matéria merece maior aprofundamento por parte do SEP, junto do seu departamento jurídico.

 

Finalmente, o SEP defende que nestas situações de mobilidade, o tempo para a deslocação deveria ser contado como tempo efetivo de serviço. CA não concorda, ou seja, estamos perante mais um fator de desvalorização do tempo de trabalho e pessoal dos profissionais.

 

Horários

O SEP questionou a não aferição a 140h/160h a quatro semanas, dos horários dos Enfermeiros. O Sr. Enfermeiro diretor afirmou que era uma questão de alterar o programa. Assim esperamos.

 

O SEP referiu que não vai continuar a aceitar a não aferição dos horários às 4 semanas. Só se toleram um máximo de 8 horas, para além das 140h e/ou 160h. Tudo o que vai para além são horas extraordinárias.

 

Finalmente, o Conselho de Administração assumiu rever a “engenharia” da contabilização dos dias de ausência dos enfermeiros reduzindo-os a 7 horas o que determina que todos ficam a dever horas ao hospital quando regressam.

 

Horas Extraordinárias

O SEP questionou sobre o plano de pagamento dos dias de trabalho e feriados em divida. E reafirmou que o pagamento é de acordo com a opção dos Enfermeiros, tempo ou dinheiro. O Conselho de Administração referiu que vai fazer um plano de pagamento, antes e após 2012, porque não se responsabiliza pelas dívidas de ninguém. Esta resposta não deixa de ser vergonhosa porque nos permite questionar se o atual Conselho de Administração não pagou as dividas aos fornecedores contraídas pelo anterior grupo!

 

O Conselho de Administração reafirma que não tem dinheiro para pagar e que está muito preocupado com a sustentabilidade do Centro Hospitalar.

 

A sustentabilidade do Centro Hospitalar não pode ser feita à custa dos atropelos dos direitos, da discriminação, do roubo e exploração dos Enfermeiros. O SEP reafirmou, ainda, que o pagamento em tempo dos turnos em divida nunca será à custa de redução do número de Enfermeiros por turno. A segurança e qualidade de cuidados é o que rege a Enfermagem.

 

Reposicionamento e férias dos enfermeiros a CIT

O SEP questionou se o Conselho de Administração mantinha a sua posição de não repor os colegas no início da grelha salarial. Referem que vai pedir esclarecimento à tutela. No entanto, outras instituições já o fizeram.

 

Em relação aos dias de férias, o SEP questionou se pretendem continuar a dar 25 dias de férias aos CIT. Que seria um sinal de boa vontade em relação aos Enfermeiros. O CA não pensou no assunto, vai avaliar a possibilidade.

 

Imposição da pausa de almoço nas Consultas Externas

O SEP referiu que a indignação dos colegas era enorme. Eles, por um abaixo-assinado já tinham demonstrado que essa pausa não trazia benefícios aos utentes. O Sr. Eng. Lourenço continua a analisar.

 

Programas de recuperação de doentes de ortopedia

O SEP concorda com a eliminação da espera para intervenção cirúrgica. NO entanto, não pode concordar com o aumento de horas de prestação de cuidados de Enfermagem pré e pós-operatórios. A sobrecarga dos Enfermeiros está perto das 4000h. Exige-se o reforço das equipas ao sábado e domingo.

 

O SEP argumentou que perante o cansaço dos colegas, esta situação pode por em cauda a segurança e qualidade da prestação de cuidados.

 

O SEP com base nos poucos compromissos assumidos pelo CA, não desconvocou a greve.

 

Até à data, nos horários a que o SEP teve conhecimento não existe aferimento de horas às 140h/160h. Mantêm-se o recurso a mais do que 8h de aferição. Até à data, não temos conhecimento de nenhum plano de pagamento das mais de 10.000 horas que devem aos Enfermeiros.

 

Por nenhum dos problemas se ter solucionado, o SEP pediu reuniões urgentes com os grupos parlamentares e levará a cabo três reuniões de Enfermeiros, para se debater quais as medidas a tomar:

HOSPITAL ABRANTES – 21 de maio pelas 14.30h

HOSPITAL DE TORRES – NOVAS 23 de maio pelas 14.30h

HOSPITAL DE TOMAR – 24 de maio pelas 14.30h