15 Maio, 2013
A ARS do Algarve encerra cuidados continuados integrados aos domingos e feriados. Os Centros de Saúde dos Agrupamentos Barlavento e Sotavento já encerraram.


Segundo o SEP não é admissível que a redução da despesa se torne uma obsessão tal ao ponto de colocar em causa a acessibilidade dos utentes aos cuidados de saúde sobretudo quando o Ministro da Saúde afirma que os cuidados de saúde primários devem ser reforçados.

Logo em Janeiro, o SEP tinha alertado para o encerramento da sala de tratamento aos fins-de-semana e feriados em Vila Real de santo António e ao sábado em Tavira até então asseguradas em horas extra por um enfermeiro. Desta medida resultou a obrigatoriedade dos utentes se deslocarem ao serviço de urgência básica e pagarem os 15€ de taxa moderadora para realizarem, por exemplo, um penso simples.

Afirma fonte sindical que está a fechar todas as portas aos utentes que precisam de tratamentos diários empurrando-os para ficar sem tratamento os que não podem pagar ou não têm transporte e, para o privado quem pode pagar e tem transporte

E dão um exemplo de um utente de Alcoutim:

  1. Retiram-lhe a possibilidade de ser acompanhado por um enfermeiro, em casa,
  2. Retiram-lhe a possibilidade de fazer esse tratamento no centro de saúde porque está previsto também o seu encerramento após as 18 horas, bem como aos domingos e feriados a partir de 1 de Junho,
  3. Remetem-no, sem transporte, para a única hipótese pública disponível que fica a 40 quilómetros e que é o serviço de urgência básica de Vila Real de Santo António.

“A deliberação de 17 de Abril do Conselho de Directivo da ARS vai contra a legislação das equipas de cuidados continuados cujo objectivo é o de assegurar a prestação de cuidados todos os dias do ano”, acusam. “Esta prestação de cuidados diária ao domicilio, na maioria a doentes acamados e dependentes é indispensável e obrigatória porque se não forem acompanhados o estado de saúde agrava-se”.

Conclui o sindicato que o critério para a visita domiciliária tem de passar unicamente pelas necessidades dos doentes, avaliadas pelas equipas de saúde e não pelos cortes irracionais de quem vê o país numa folha de excel.

 

Informação enviada á comunicação social a 14 de maio de 2013