14 Julho, 2014
O SEP alertou atempadamente para a situação de rutura no Hospital de Santarém mas o Ministério da Saúde/Governo mantém o autismo mais preocupado em denegrir os profissionais do que em resolver o problema da carência de enfermeiros.


A grave carência de enfermeiros, já várias vezes referenciada pelo SEP, veio a agravar as condições de funcionamento em pleno verão.

Os serviços estão para além dos limites e os enfermeiros estão profundamente exaustos.

Para o Ministério da Saúde, os doentes/utentes e as suas famílias, assim como os profissionais, em concreto os enfermeiros, não passam de números. Números que têm que produzir. A loucura da máxima produção de fazer mais com menos está a mostrar o reverso da medalha.

O Ministro da Saúde impôs as 40 horas aos enfermeiros fazendo “tábua rasa” das especificidades da profissão. Penosa pelo constante confronto com o sofrimento e a desestruturação do outro, situação que se agravou nos últimos 3 anos. O sofrimento da população aumentou e, consequentemente, aumentou a penosidade do trabalho dos enfermeiros.

Os enfermeiros estão exaustos, cansados física e psicologicamente. Reclamam porque são obrigados a fazer entre 60 a 70 horas de trabalho extraordinário. E questionam, quem cuida dos cuidadores e das suas famílias. Exigem ter as duas folgas que a lei impõe.

Neste contexto, os enfermeiros do Hospital de Santarém, exigem a admissão de mais enfermeiros; Condições de trabalho que permita o gozo dos direitos (folgas) e prestações de cuidados em segurança e os tempos de descanso que lhes permita ser pais e filhos.

Desde já informam que estão indisponíveis para fazerem trabalho extraordinário e responsabilizam o Ministério da Saúde pelas consequências.

Os enfermeiros irão, em plenário no dia 18 de julho, decidir formas de luta a adotar.

Informação enviada à Comunicação Social a 14 de julho de 2014