Já depois da nossa greve reunimos, a 21 de agosto, com a administração do Centro Hospitalar Lisboa Central para abordar os problemas que nos levaram, no dia 8 a esta luta.
Após a nossa greve a reivindicar três questões essenciais neste centro hospitalar, reunimos com a administração onde abordamos as mesmas: Descongelamento das progressões, admissão de mais enfermeiros e o pagamento do suplemento remuneratório aos enfermeiros especialistas.
Descongelamento das progressões / Notificação dos pontos
Não concordamos com os princípios adoptados pelo Centro Hospitalar na contabilização dos pontos a atribuir aos enfermeiros para efeitos de descongelamento das progressões, nomeadamente no que diz respeito:
- A atribuição de apenas 1 ponto de 2011 a 2014 – defendemos 1,5 pontos;
- A não contabilização dos pontos antes do reposicionamento salarial nos 1201,48€ – defendemos e exigimos que para efeitos de atribuição de pontos este reposicionamento não seja considerado uma valorização salarial;
- A não atribuição de pontos aos enfermeiros com CIT – defendemos e exigimos que os pontos e respetiva progressão salarial sejam atribuídos/consagrados a todos independentemente do vínculo laboral que possuem.
O CA diz ter colocado questões sobre esta matéria à ACSS e aguardam resposta. Caso as orientações emitidas pela ACSS venham alterar o entendimento primário do Conselho de Administração (CA), as notificações serão revistas e actualizadas de acordo com essa informação.
Relembramos que, decorrente das notificações, interviemos em nome dos nossos associados junto da Administração entregando um documento jurídico.
Carência de enfermeiros / Contratações / Passagem dos CIT’s a 35 horas semanais
Temos conhecimento que no Centro Hospitalar Lisboa Central (CHLC), os serviços estão muito carenciados de horas de cuidados de enfermagem. Reafirmamos que a solução não passa pelo encerramento de camas, mas pela contratação. Aquando da passagem dos CIT para o Período Normal de Trabalho para as 35 horas o CA referenciou a necessidade de um acréscimo de 162 enfermeiros.
Questionámos quantos foram contratados e como procedem em relação às substituições.
O CA referiu terem sido contratados 62 enfermeiros. Têm mais contratações solicitadas à Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) e que as substituições, apesar de não serem automáticas, estão a ser autorizadas.
Reiterámos que só existe uma fórmula para resolver a carência de enfermeiros que passa pela contratação.
Pagamento do suplemento remuneratório aos enfermeiros especialistas
Confirmámos junto do CA o número de enfermeiros especialistas identificados (520) e a receber o suplemento remuneratório (517). Segundo o CA, os enfermeiros que não estão a receber o referido suplemento são aqueles que apesar de serem especialistas estão ausentes da instituição.
Reiteramos o nosso entendimento face a esta matéria e que assenta no argumento de que todos os enfermeiros com título de especialista e a exercerem as respectivas funções deverão receber o suplemento.