4 Janeiro, 2019
Os enfermeiros estarão em protesto caso a grave de sobrelotação e falta de profissionais se mantenha.

 

As recentes obras no serviço de urgência deveriam ter trazido melhores condições para profissionais e utentes, contudo, a ausência de reforço da equipa de enfermagem e o aparente aumento da capacidade de internamento, vieram agravar uma situação já de si caótica.

Na última reunião que tivemos com a administração, no final de 2018, foi garantido que não haveria necessidade de reforçar a equipa de Enfermagem. Constatamos que entretanto foram admitidos 2 enfermeiros, manifestamente insuficiente face ao aumento de postos de trabalho.

A sobrelotação do serviço compromete a segurança dos utentes, impede o isolamento de doentes infetados e até a atuação em casos emergentes, pela ocupação indevida dos espaços de circulação e passagem de profissionais.

É inadmissível que os profissionais estejam sujeitos a agressões e tenham que responder perante a polícia por não terem condições para prestar informações aos familiares. Deve ser a administração a responsabilizar-se por estas situações e garantir as condições de segurança aos profissionais.

É também lamentável, que nenhum membro do Conselho de Administração tenha estado presente no Serviço de Urgência para se dirigir à Equipa de Enfermagem apesar das solicitações nesse sentido.

Perante este cenário, comum a outros hospitais do distrito, é urgente a contratação de enfermeiros , melhorar a gestão de camas nos hospitais e criação de respostas em saúde fora do contexto de urgência.

Caso a situação não se reverta a equipa de enfermagem fará um protesto à porta do Hospital.

 

Nota enviada à comunicação social a 3 de janeiro de 2019