15 Abril, 2015
Um canal de televisão lançou “no ar” uma reportagem efectuada em torno da problemática das Urgências Hospitalares.

Naquela reportagem ficou visível o caos que se vive nos hospitais, principalmente, nas urgências hospitalares resultado da diminuição do numero de camas hospitalares e da diminuição das metas previstas relativamente às camas de cuidados continuados.

Associado a estes factores não fica alheio o aumento da situação de “doença” da população portuguesa (aumento das taxas moderadoras, diminuição da comparticipação dos custos dos transportes, etc).

Em resposta à reportagem o Secretário de Estado Adjunto, Dr. Leal da Costa, afirmou que a situação caótica das urgências afinal não era e que os doentes até estavam comodamente internados?!

Tentou desvalorizar os milhares de horas que os profissionais fazem a mais e, desde logo, os enfermeiros e, demonstrando o que na realidade é, alvitrou que as declarações eram proferidas por profissionais (médicos e enfermeiros) que defendem uma ideologia diferente da dele.

Vergonhoso!

Todos os indicadores demonstram que a população portuguesa está mais doente e que a esperança média de vida saudável diminuiu. Querer esconder isso dos portugueses é querer continuar a governar sem responsabilidade.

O SEP reitera que os serviços estão um caos, que a carência de enfermeiros em função das dotações seguras está muito longe desses cálculos e que a acessibilidade aos cuidados é cada vez mais “um oásis”.

O Dr. Leal da Costa é um dos “rostos” desta politica de diminuição de oferta de serviços públicos com qualidade.