28 Maio, 2019
Dia Internacional da Saúde da Mulher a 28 de maio
Para assinalar esta data, a Comissão para a Igualdade entre Mulheres e Homens - CIMH/CGTP-IN, desenvolve uma campanha no âmbito do Semestre da Igualdade, que no SEP se concretiza através de debates/tertúlias acerca desta problemática.

 

O objetivo central desta campanha é alertar os trabalhadores/as para o problema das doenças profissionais, que permanecem “invisíveis” aos olhos da generalidade da sociedade e juntos, encontrar soluções.

 

As mulheres trabalhadoras são as mais afetadas, em particular, por lesões músculo-esqueléticas. Em março de 2019 existiam 14 914 mulheres a receberem prestações por doença profissional, segundo informações da Segurança Social e do DPRP – Departamento de Proteção Contra Riscos Profissionais. Os 5 distritos onde esse número é mais elevado são: Porto – 21,54%, Setúbal – 18,79%, Aveiro – 17,79%, Lisboa – 13,56% e Leiria – 9,69%.

 

As lesões músculo-esqueléticas, relacionadas com o trabalho, têm vindo a aumentar com a globalização com o uso de novas tecnologias e com os novos processos produtivos, voltados para a produção em massa, para o “ fazer mais com menos”, tornando os ritmos e horários de trabalho incomportáveis e doentios.

 

A profissão de enfermagem, em que cerca de 80% são mulheres, tem especial risco e penosidade, com particular incidência nas lesões músculo-esqueléticas relacionadas com o trabalho, ao que acrescem fatores de risco específico do contexto de prestação e ainda o contacto permanente com a doença, sofrimento e morte. Este é portanto um problema, que conhecemos com demasiada intimidade.

 

É necessário e urgente um investimento na prevenção do risco, necessária à promoção da segurança e saúde dos trabalhadores e das trabalhadoras, desde logo com a dotação adequada de profissionais e o respeito pelo horário de trabalho de 35 horas semanais, garantindo o direito elementar ao descanso.

 

Continuaremos a intervir e a exigir a prevenção e eliminação dos riscos profissionais e a melhoria das condições de trabalho, em defesa da saúde de todos os trabalhadores e, em particular, das mulheres trabalhadoras, tendo em conta que a saúde no trabalho não se compra, nem se vende – defende-se!