18 Novembro, 2014
Decisão do Conselho de Administração do hospital de Santarém em alocar 2 enfermeiros na urgência é insuficiente. Amanhã, caso não sejam colocados mais 13 enfermeiros no serviço, os enfermeiros às 8 horas não recebem os doentes que estando com processo de internamento noutros serviços, permanecem no serviço de urgência.


Na reunião com o Conselho de Administração, no dia 14, várias foram as propostas apresentadas com o objectivo de minimizar o problema das dezenas de doentes permanentemente internados no serviço de urgência, com processo de internamento noutros serviços do hospital, mas que por falta de camas ali permanecem.

Esta situação configura a existência de mais um posto de trabalho que a administração  não contempla na alocação de enfermeiros ao serviço de urgência, já por si deficitária (14 postos de trabalho para 11 enfermeiros). Mais grave, é o facto de estes doentes não serem da responsabilidade de nenhuma das equipas médicas o que dificulta diagnósticos, tratamentos, etc.

Os enfermeiros propuseram uma forma diferente de gestão das camas hospitalares permitindo o internamento destes doentes, em qualquer cama, independentemente do serviço, alteração dos métodos de gestão das altas,  protocolo com o Hospital de Torres Novas para utilização de camas e, dessa forma, se constituir como hospital de retaguarda para doentes do foro médico e a alocação de mais enfermeiros no serviço de urgência. Tendo em conta a alocação recente de 2 enfermeiros, continua a faltar 1enfermeiro/turno para cobrir os 14 postos de trabalho ali existentes e, mais 3 enfermeiros/turno para o posto de trabalho “fantasma”. Assim, e para cobrir os 3 turnos são necessários 13 enfermeiros.

Amanhã às 8 horas os enfermeiros do turno da manhã decidiram não receber os doentes, caso o problema não seja resolvido. Isso determinará a permanência dos enfermeiros do turno da noite no serviço de urgência até o Conselho de Administração resolver o problema.