26 Dezembro, 2019
Dos anúncios à sua concretização, “olhos nos olhos, Sr. Primeiro-ministro, é para cumprir e para resolver o que continua a faltar.

 

É positivo o reforço anunciado em sede da proposta de Orçamento do Estado para a saúde assim como é positiva a mensagem de Natal do Primeiro-ministro, centrada no Serviço Nacional de Saúde e comprometendo-se a reforçar e aprofundar o serviço público de saúde.

Contudo importa desde já reafirmar que:

  1. António Costa comprometeu-se em valorizar e dignificar a carreira de enfermagem e não cumpriu, pelo contrário, impede que milhares de enfermeiros especialistas transitem para a respectiva categoria incluindo aqueles que, tendo sido nomeados para as funções de gestão estão impedidos de a integrarem quando terminarem aquelas funções;
  2. O Governo e António Costa continuam a impedir que cerca de 20 mil enfermeiros progridam na carreira permitindo que muitos deles, ao final de 18 anos de trabalho, continuem a ter o salário inicial da carreira;
  3. O Governo e António Costa comprometeram-se, na última legislatura, a aumentar o numero de unidades de Cuidados na Comunidade e a negociar e incrementar os incentivos previstos para os profissionais que aqui trabalham e não cumpriram;
  4. O Governo e António Costa, nos últimos 4 anos não abriram um único concurso para aumentar o número de efectivos nos cuidados de saúde primários;
  5. O Governo e António Costa têm vindo a privilegiar as Unidades de Saúde Familiar deixando que as Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (ambas têm a missão de prestar cuidados às famílias) sejam descapitalizadas quer em recursos humanos quer materiais.

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses continuará a exigir as soluções justas para os enfermeiros e a exigir que a concretização dos compromissos assumidos pelo Primeiro-ministro sejam amplamente discutidos porque não haverá SNS forte que responda às necessidades dos cidadãos sem a participação ativa dos seus profissionais.

Nota enviada aos media a 26 de dezembro de 2019